Hortas urbanas

No final do 2019 as autoridades chinesas alertavam sobre os primeiros casos de uma doença misteriosa, mas foi em 2020 que o mundo se deparou com a dura realidade da pandemia do Covid-19. Na tentativa de controle e redução da transmissão da nova doença, foram decretadas várias medidas de segurança, dentre elas, o distanciamento social, suspensão de aulas presenciais, fechamento do comércio, dentro outras medidas.

Porém, essas medidas não tinham o apoio do Governo Federal, ficando a cargo de cada Estado fazer sua política de segurança. Em meio a esse cenário caótico as populações indígenas tiveram vários de seus direitos desrespeitados, principalmente, os que vivem na cidade, deixados de fora do plano de prevenção do Covid-19.

Na tentativa de mitigar esse risco as populações indígenas, as organizações indígenas e indigenistas se organizaram em ações para auxiliar essas populações no enfrentamento da pandemia. Dentre essas ações, a MATPHA com a Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), Conselho de Missão entre Povos Indígenas (COMIN) e Organização dos Professores Indígenas do Acre (OPIAC), criaram o projeto Hortas Urbanas: o primeiro passo para garantia da segurança alimentar para famílias indígenas de contexto urbano em Rio Branco – Acre.

O projeto fez o apoio a 16 famílias indígenas da APA do Amapá, área proteção ambiental do lado do Amapá, localizada no município de Rio Branco – Acre, com cerca de 70 pessoas entre mulheres, crianças e homens, dos povos indígenas Manchineri, Kaxinawa, Apurinã e famílias do Ramal Bom Jesus situado no bairro Vila Acre.

O projeto foi executado em duas etapas, a primeira com a distribuição de cestas básicas e kits de higiene.  A segunda foi a construção de hortas urbanas em lugares ociosos de suas residências, com distribuição de sementes de hortaliças, adubo, dentre outros materiais.